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Mostrando postagens de agosto, 2008

LUTO - tempo de saudade e adaptação

Não tenho muito o que dizer neste momento, Meu pai pegou o barquinho dele para o outro plano, às 6h45min desta sexta feira. Deixo aqui as últimas palavras dele, ditas ao meu irmão, que naquela noite estava de acompanhante dele. - Sou um vitorioso, alcancei a vitória! Meu irmão concordou, achou que fosse um de seus ‘delírios’, e pediu que ele dormisse (já estava amanhecendo). Adormeceu e se entregou a Deus. Não sofreu mais, partiu em paz. Também nós estamos em paz. Não foi um ADEUS... sabemos que a jornada não termina aqui. Obrigada pelas manifestações de carinho e apoio em todos os momentos. Temos bons e preciosos amigos; isto é verdadeiramente um tesouro. Abraços

Sobre ser mãe (desconheço a autoria)

Nós estamos sentadas almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.     'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?'   'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.   'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .'   Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.   Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar   'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião,

A vida em post...

Chegamos agora de Lajeado. Conversei com o cardiologista, e ele explicou novamente que depende da volta da função renal para poder fazer a cirurgia. Quando o pai chegou em Lajeado, a luta deles foi recuperar o coração e o pulmão para que ele agüentasse a cirurgia. Este dia chegou, só que no meio do caminho os rins ‘apitaram na curva’ e agora estão exigindo atenção redobrada para que voltem a funcionar. Me assustei com o aspecto abatido do pai, mas também, né? Se a gente cansa pra caramba com esta situação, imagina meu velho, que ta há 30 dias hospitalizado só em Lajeado, fora o tempo de Hospital Centenário em São Leopoldo... Olha como a vida é: cheguei em casa e havia uma movimentação danada na esquina da nossa rua, uma menina tentou se matar. Estava a ambulância da SAMU (nossa velha conhecida) e a viatura da Brigada Militar. Que coisa, né? Uns lutando pela vida, outros em tamanho desequilíbrio e fragilidade, que lutam para dar fim a própria vida. Fiquei com muito dó da menina... (ela
A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho. Seu coração trepidava com emoções conflitantes enquanto sentia a resistência deles. 'Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair?' - pensou. Esta pergunta eterna estava sem resposta para ela" . "Como na tradição da espécie, seu ninho localizava-se no alto de uma saliência, num rochedo escarpado. Abaixo, havia somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes. A despeito de seus medos, a águia sabia que era tempo. Sua missão materna estava praticamente terminada. Restava uma última tarefa: o empurrão. A águia reuniu coragem através de uma sabedoria inata. Enquanto os filhotes não descobrissem suas asas, não haveria objetivos em suas vidas. Enquanto não aprendessem a voar, não compreenderiam o privilégio de terem nascido águias. O empurrão era o maior presente que a águia-mãe tinha para dar-lhes, era seu supremo amor. E por isso, um a um, ela empurrou,

final de semana

Oi, fomos a Lajeado no sábado pela manhã, para dar uma folga aos plantonistas (a mãe e o Zé)   a Morgana ficou com o pai sábado a tarde, meu irmão virou a noite, e eu fiquei sábado de manhã, até o horário da visita da tarde.   O pai está com melhoras, a hemodiálise ajudou a dar um 'respiro' para o rim, e agora ele está voltando a trabalhar.   Mas é muita tensão, estou no meu limite físico e mental. Ontem voltamos para SL abaixo de chuva forte, vimos acidente na estrada, chegamos perto das 18 horas, tomei um banho e fui dormir.   Dormi até as 6h da manhã de hoje.   Estou naquela fase de quem só pede a Deus que tudo passe de uma vez.   Acredito que nesta quinta saia a cirurgia, outro pico de tensão emocional, pois é uma cirurgia de alto risco.   Peço a Deus que papai supere a cirurgia, daí depois é só alegria, porque com o coração em ordem, tudo vai voltando aos poucos ao normal.   Obrigada pela força, e desculpem a monotonia de assunto, mas não

Pai

Hoje é dia dos pais, fomos até Lageado, visitar o nosso, que não está mais na UTI, mas está se fortalecendo no quarto, para poder encarar uma delicada cirurgia de coração. Ficamos sabendo o motivo do agravamento repentino do quadro dele quando esteve internado em São Léo, ele sofreu OUTRO INFARTO, quase fulminante, por isso foi tão debilitado para Lageado. Até os médicos duvidaram da possibilidade dele superar. O diferencial foi a força da minha mãe, sempre ao lado dele, com zelo sacerdotal, segurando suas mãos, acariciando seus cabelos, e com todo carinho do mundo pedindo para ele se alimentar, para ele aceitar a medicação... E não é que tanto amor e dedicação renderam frutos? Hoje o médico disse que o jogo que o pai estava perdendo de 3x0 teve uma virada, que o pai já está ganhando de uns4x3!!! e que se continuar assim, em quinze dias será possível operar com grandes chances! Estou aliviada e ao mesmo tempo muito apreensiva, pois sabemos da fragilidade da situação de seu coração. A o